terça-feira, 3 de novembro de 2009

A Máquina


O chefe
do chefe
do chefe
do chefe
do chefe
do chefe
do chefe
do chefe
do chefe
do chefe
do chefe
é doido do seu chefe

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Metabolismo Astral


Pensei em dosar na minha poesia
Ventanias, corrente de mar, trovoadas e raio solar
Por um corredor racional
Bummmmmm!!!!!!!!
A poesia me explodiu
Onomatopéias e órgãos pra todo lugar

Por Samuel Brandão

Ciranda da Vez


João não fez
Ficou indeciso
Esperando a vez
Mas se...mas se...

Foi se sentar
pra esperar um sim
Decidiu pelo talvez
Talvez...talvez

Ciranda, ciranda
Ciranda da vez
Volta numa roda
Mesma hora, ano e mês

Ciranda, ciranda
Ciranda da vez
Volta numa dança
Mesma hora, ano e mês

João pensou
Passo ensaiou
Foi e voltou pra sua vez
Pensou...pensou

Qual é a vez João?
Quem vai te dizer?
Teu céu é que espera por você
Você, você

Ciranda, ciranda
Ciranda da vez
Volta numa roda
A menina outra vez

Ciranda, ciranda
Ciranda da vez
Volta numa dança
A menina outra vez

E João dançou...

Se dando por vencido
Sem mesmo ter lido
Tentado a questão

E João dançou...

Pegou-a pelo braço
E foi desengonçado
Que um sorriso conquistou

Por Samuel Brandão

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Solidão

Pensei em escrever sobre a solidão,
Mas não sabia por onde começar
Fechei o caderno, tampei a caneta
Ficamos nós três a pensar


Super-homem


Ando nas voltas do mundo

Traçando o meu caminho

De criança à viramundo

Teço no vento o meu ninho


À verdades não me atenho mais

Só tenho esse punhal

Que brilha como um espelho

Pra além do bem e do mal


Caço na mata do peito

Eu rasgo o bucho da morte

E é por ser muito vivo

Que eu puxo a perna da sorte


Não me venha com além mundos

Não me faço esperar

Faço o trono no segundo

E deixo ao vento o semear

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Lesmas de Manoel


A incompatibilidade contemplativa no signo
Resvala em assubios
Projeta tagerelices no olhar
Emprenha as lesmas de Manoel
Que ao passar deixam...
Sons cheirosos, Imagens saborosas e Palavras sadias
Era SOL outras formas de falar

Por Samuel Brandão

Sonin

O sono abre as portas de um reino encantado
Cheio de arpas, donzelas, pássaros psicodélicos e jardins ensolarados
O travesseiro é feito de nuvens
Mas logo relampeja aos rumores do engano
Fricção nas paredes do sonho
Inimigo máximo

Por Samuel Brandão

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Orgasmo da continuação

Rôlas se amam
Priquitos se chupam
Rabos e cús se esfregam
Peitos se lambuzam
Dedos se melam
Gala, lubrificações e gritos
O amor atômico esconde
Averdadeira essência de seu rito


Por Samuel Brandão

sábado, 30 de maio de 2009

Ponteiro dos Séculos







I
Badala

O som metálico
sepulcro do relógio

Dim...Dom...
Dim…Dom…

Um átomo que repousa sobre a ruga
A fronte que alveja silenciosa
O cortejo funebre celular

Tic…tac…tic…tac…

Badala

O véu senil que repousa sobre as coisas
A paixão da gravidade
Numa fruta que desfacela
No albúm que amarela
A erosão se aprimora

Badala

Os sinos nos campos da memória
De tempos tenros idos
A prece, a beleza e a infância
De todos os sentidos
De simplesmente ser
Um relógio derretido

Badala

O desperta-dor tremula sob a cômoda alma

Triiiiiiiiiiiiiiiiiiiinnnnnnnnnnn !!!!!!!!!!

II

Triiiiiinnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn !!!!!!

Desperto como um gigante vivo
Atravessando desertos revoltos
Dentro da ampulheta
Por céus desmoronados e infernos soterrados
Fecundando a cada instante

Badala

Sentado no ponteiro dos séculos
Meu cabelo cria lôdo
Meu peito se enferruja
Amanheço o fio do meu novelo

Badala

Dim…Dom…
Dim…Dom…
Dim…Dom…

Tic…tac…tic…
Tic…tac….tic…
Tic…tac…tic…
Tic…tac…tic…

No ponteiro dos séculos
Fiz minha morada
Alinho meu tempo ao que contemplo
Astros e auroras do pensamento
Passo tardes a fio
Me melando de eternidades.


Por Samuel Brandão

domingo, 17 de maio de 2009

primeirapostagem

olá, a partir de agora você vai se emocionar e saborear visceralmente um ataque fulminante de palavras, sons e nadismos tóxicos, gordurosos, cancerígenos, nojentos para as artérias de seu coração apaixonado. Pu-tri-do. Seja bem vindo!